«Punk is not dead». Esta frase, lia ou ouvia em algum lado. Se ela precisa de provas que atestem a sua veracidade, então deixo aqui uma.

Da Rússia, com o nome de The Forced Oscillations, vem uma banda de postpunk com influências góticas. As únicas músicas que têm disponíveis sob uma licença livre - pelo menos as únicas de que tenho conhecimento - fazem parte do «On The Road EP», disponível sob uma licença cc-by-nc-sa-2.0.

Todas as músicas, à excepção da última, são cantadas em russo. Bem, se não são cantadas em russo, são-o num outro idioma igualmente esquisito. Esta última, «Free», é a versão em inglês da segunda faixa do álbum, cantada num inglês meio macarrónico e disponível para download aqui.

«Nenhum homem é uma ilha», escreveu o poeta inglês John Donne naquele que é um dos seus trabalhos mais conhecidos, o Meditation XVII. Ou como os três mosqueteiros diziam: «Um por todos e todos por um».

Não sei se algum destes foi o mote que levou Reynald, aka Moonove, e Med a criarem o French Collective. Este projecto, como o nome indica, reúne vários artistas franceses, que trabalham a nível profissional ou amador, para os ajudar a ter uma maior projecção dos seus trabalhos.

No Jamendo, os French Collective têm dois álbuns e um EP publicados. Nenhum deles segue um estilo definido; é como um kinder surpresa, nunca sabemos o que nos vai sair. Cada músico segue o caminho que bem entende, tornando o resultado final extremamente interessante e uma verdadeira surpresa porque nunca sabemos que estilo musical se segue: podemos estar a ouvir algo na onda do Indie e a seguir somos presenteados com Funk. Para mim, isto torna os álbuns ainda mais interessantes.

Dos trabalhos dos French Collective, o primeiro single do primeiro álbum, French Collective #2, chamou-me a atenção. Ele é tocado por Alexel e chama-se Times Has Passed. Ele, tal como o álbum, está disponível sob uma licença cc-by-nc-nd-2.0-fr e pode ser descarregado aqui.

Assim que comecei a ouvir o primeiro single do álbum Bye Bye Dear Everything, dos suecos Depressive Art, passei a gostar dele. Pode não ser normal isto acontecer quando se ouve apenas o primeiro minuto da primeira música, mas aconteceu. O som deles é muito agradável, como pude constatar quando ouvi as restantes músicas.

O Bye Bye Dear Everything anda pelos estilos Rock, Country e Indie. As músicas têm um ritmo agradável e, na minha humilde opinião, são muito bem tocadas. É um álbum que vale a pena ouvir várias vezes - e dançar, se gostarem de o fazer.

Da Suécia só conhecia sonoridades Lounge, NuJazz, Chillout e suis géneris. Esta banda é uma lufada de ar fresco no excelente panorama musical sueco que conheço e venero.

No Bye Bye Dear Everything, uma música que me chamou a atenção foi a Pyschedelic Ghostride. Ela é bastante agradável e mexida; dá para bater o pé - de tal forma que até pode ser considerado exercício. O download da música, que, tal como o álbum, está disponível sob uma licença cc-by-sa-3.0, pode ser feito aqui.

Imagem por lemoncat1, sob uma licença cc-by-sa-2.0.

São 09:39; acordei por volta das 08:00; adormeci perto das 04:00. Como devem imaginar estou com sono, por isso este post vai ser pequeno em tamanho - e provavelmente em nexo. Desde já ficam avisados, que é para não ficarem traumatizados.

Silence foi amor à primeira audição. Este projecto belga de um homem só, Vincent Girès, tem uma sonoridade verdadeiramente hipnotizante e cativante. Os fãs de Massive Attack vão encontrar algumas semelhanças entre a banda londrina e a música de Vincent.

No Jamendo, Silence tem dois álbuns publicados, «L'autre endroit» e «Encre»; um é um pouco mais mexido e o outro mais relax. Dos dois não sei qual o melhor, por isso aconselho-vos a audição e download de ambos, para que possam desfrutar as duas abordagens.

De uma audição mais ou menos rápida aos dois álbuns, destaco o último single do «L'autre endroit», «Follow me».  Esta música tem um ritmo mais calmo e minimalista, óptima para enquanto se está num momento mais intimista com a cara metade. O download da música, que está disponível sob uma licença LAL 1.3, pode ser feito aqui.

A LAL (License Art Libre) é semelhante à cc-by-sa, que permite distribuir - comercialmente ou não - e alterar a obra, desde que sejam dados os créditos a quem de direito e se partilhe a obra e derivados sob a mesma licença. Como é a primeira vez que esta licença é mencionada aqui no K7 Pirata, aconselho-vos a leitura dos seus termos.

Caros leitores e leitoras, ao fim de alguns dias sem actualizar o K7 Pirata, cá estou eu com mais um post. Este vem por sugestão do meu conterrâneo, Hugo Silva, que me indicou a violinista Tasmin Little.

Ao contrário do que tem sido habitual no K7 Pirata, as músicas desta artista não podem ser livremente partilhadas; apenas, livremente descarregadas. Isso não é mau de todo, mas não é a situação ideal, já que, do meu ponto de vista, a cultura deve ser livre.

Continuando a contrariar a tendência habitual do K7 Pirata, não vou destacar uma música desta violinista, mas o seu último álbum, The Naked Violin, que a artista decidiu colocar para download no seu site. Neste álbum, Tasmin toca peças de J. S. Bach, Paul Patterson e Eugène Ysaÿe, e tenta transmitir ao ouvinte a sensação de um concerto ao vivo.

Mesmo que não conheçam nenhum destes nomes ou não gostem de violino, dispensem uns minutos a ouvir o álbum. Pode ser que acabem por entrar no espírito.

Hoje, a Qi sugeriu-me a menção a Charles Mingus aqui no K7 Pirata. Como conheço um pouco do trabalho deste músico e gostei bastante do que ouvi, fui imediatamente ver se o seu trabalho, ou parte dele, se encontra sob domínio público. Com muita pena minha, ainda não se encontra. Por isso, fui à procura de um artista ou banda de Jazz com um som parecido, ou pelo menos tão agradável como o deste músico.

Se encontrar boa música pode, por vezes, ser difícil, encontrar música muito boa é bem mais complicado. Claro que, quando me refiro a boa e muito boa música, estou a fazer valer a minha definição e não a vossa. Com certeza que temos conceitos diferentes para boa música, e a diferença é de salutar. Mas sou eu que escrevo o K7 Pirata, por isso só posso aqui deixar a minha; a vossa, não conheço, mas podem enviar-ma, assim como as vossas sugestões, para o email que aparece no final do blog.

Como já escrevi aqui uma ou duas vezes, eu gosto de música relaxante; não necessariamente calma, mas relaxante. Gosto de me deixar levar pela música, de me sentir calmo, a divagar, a entrar numa espécie de nirvana. Numa pesquisa sobre Jazz em domínio público, encontrei uma link para a loja online de música Magnatune. Visitei o site e lá descobri o músico David Modica. O seu álbum «Acoustic Earth - Electric Sky» está repleto de músicas assim: relaxantes, zen. Ouvi-lo, acreditem, é extremamente agradável.

Como sempre, destaco uma música de um artista - pode ser de um álbum ou de todo o seu trabalho musical. Deste álbum de David Modica, a coisa não é fácil. Se em outras ocasiões me queixei de ter tido algumas dificuldades em escolher uma música, desta vez foi bem mais difícil. Mesmo assim, apesar de ter usado um método semelhante ao um-dó-li-tá, escolhi uma: o single número 4, «Eagles».

O Magnatune é um pouco diferente do Jamendo, por exemplo. Neste site - uma loja online de música -, podemos comprar os singles e os álbuns, mas também podemos licenciar as músicas. Uma das formas de licenciamento consiste no uso não-comercial e para isso a Creative Commons (cc-by-nc-sa-1.0) é usada. Quando descarregamos uma música assim, em vez de a adquirirmos, temos que ouvir um pequeno diálogo no final, o que nem é grande incómodo.

Para descarregarem este single ou o álbum completo, visitem esta página. Lá, mesmo acima da lista de músicas, têm um botão com «License» escrito. Cliquem nele, escolham a opção «Non-comercial» (mesmo a meio das opções de licenciamento). Na nova página, vão até ao final do texto e cliquem na link «download the MP3s». Agora, só têm que escolher a faixa ou faixas que querem descarregar. Se quiserem, podem descarregá-las todas. Mas não se esqueçam de respeitar os termos da licença